Lançamentos Lee “Scratch” Perry: disco relembra legado do mestre do reggae

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Morto em 2021 na Jamaica, o DJ, músico e produtor Lee “Scratch” Perry foi uma das maiores lendas do reggae. E foi um inovador técnico do estilo: em 1973, ele aproveitou um espaço vazio no quintal da casa da sua família, que ficava no bairro Washington Gardens, de Kingston, Jamaica. E lá, montou seu próprio estúdio, o Black Ark, além de desenvolver técnicas históricas de dub, quase sempre com técnicas ultra não-c0nvencionais. No Black Ark, Perry costumava ser visto ajustando coisas com uma chave de fenda enquanto gravava. Também fazia coisas como ligar microfones a uma palmeira ao lado do estúdio, com a ideia de captar o “bater do coração da África” (certa vez enterrou microfones para criar um som de “bumbo misterioso”).

Uma parte do baú de Perry chega em breve às lojas: é o disco Mercy, prometido para 28 de fevereiro de 2025, e que, depois de um bom tempo de trabalho, traz gravações de Lee refeitas pelo artista independente Peter Harris ao lado de Fritz Catlin, o cofundador do grupo de dub funk industrial, 23 Skidoo. Reggae poison, o primeiro vídeo do lançamento, já saiu. Os vídeos de Row fisherman/Whale song e This is hell, saem em breve.

“Sempre vi Lee como um artista performático, e não como um músico no sentido tradicional, então esse suporte conceitual parece um cenário mais preciso para seu fluxo de arte performática consciente”, explica Peter Harris. aproveitando para informar que todo o material mexe bastante com a história de Perry.

“Em Big fish, a letra homenageia Small axe, de Bob Marley e a melodia faz referência à versão de Perry de Sugar sugar (dos Archies), que ele gravou com os Silvertones. Embora a estrutura possa parecer caótica, as músicas foram criadas ao longo de um longo período de tempo e a abordagem era a mesma de fazer uma pintura, onde as fundações são trabalhadas e depois pintadas repetidamente até que estejam totalmente arrancadas”, completa.

O disco será lançado pelo selo Dash The Henge em vinil colorido. Nathan Saoudi, fundador do selo, diz que o som do disco vai além de qualquer explicação. “É uma espécie de música outsider por excelência – não consigo explicar o que eles estão fazendo, mas eles têm um porquê, e isso é o suficiente. É por isso que eu precisava me envolver”.

Pega Reggae poison aí.

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